A partir da Reforma Trabalhista, ocorreram mudanças em relação à terceirização. O setor empresarial demanda há tempos a necessidade de maior liberdade para repassar a terceiros qualquer atividade que entenderem necessária.
Com a terceirização, a cadeia produtiva pode funcionar melhor, integrando serviços e produtos, além de possibilitar mais liberdade à companhia para que se dedique a outras ações. É natural que as organizações busquem economizar com essa política, mas mantendo uma boa qualidade. Do outro lado, surgem pressões sindicais, que afirmam o risco de diminuição de salários e o desrespeito às regras trabalhistas. Nesse contexto, as empresas estão sujeitas à alterações estruturais e operacionais devido à terceirização, o que pode acarretar perda do valor de negócio, principalmente no momento de decisão de venda da companhia.
O desafio é, assim, construir novos fluxos de gestão e cooperação entre a empresa e o serviço terceirizado, a fim de que se destaquem no mercado competitivo. Essa escolha deve ser bem pensada, pois o empresário precisa optar por uma equipe confiável. Desse modo, poderá se focar no desenvolvimento de novos produtos, agregando inteligência e tecnologia ao seu negócio. Inclusive a empresa terceirizada pode contribuir, sugerindo soluções melhores e de maior qualidade. Nos negócios, conhecimento, informação e relacionamento são os três principais pilares.
Por isso, é ingênuo achar que praticamente todas as empresa irão aderir à terceirização. A curto prazo, é possível que represente mais geração de caixa. Contudo, a longo prazo, o valor do processo de vendas poderá ser menor. Há o risco de que, com o serviço terceirizado de forma excessiva, haja menos investimento em pessoas, maquinário, pesquisa e ações internas colaborativas. Tudo é questão de equilíbrio, e o caminho não é recorrer a “soluções prontas” disponíveis no mercado. Empresas são feitas de pessoas e reputação, colaboradores que compartilham visões e fazem de tudo para cumprir metas e se diferenciar da concorrência.