O cenário econômico nacional e internacional parece finalmente se recuperar após o longo período de recessão. Com um contexto mais favorável, há a tendência de que as operações de fusões, aquisições e a abertura de capital cresçam.
Segundo uma pesquisa conduzida pela Baker McKenzie em parceria com Trench Rossi Watanabe, essas operações devem se intensificar até 2021, criando a expectativa de valorização de aproximadamente 6% das transações M&A no Brasil. O aquecimento da economia aponta ainda um aumento de cerca de 8% no volume financeiro movimentado pelas ofertas iniciais de ações (IPOs). Mas por que esses números são importantes? Primeiro, as operações M&A - do inglês “Mergers and Acquisitions”, que significa fusões e aquisições - representam a união entre as empresas, algo comum entre as grandes marcas.
Essas operações podem ser uma alternativa também às empresas menores que procuram sócios para potencializar seus negócios e se diferenciar no mercado. O processo leva tempo, pois cada negociação tem suas particularidades. Em geral, há algumas etapas definidas: o primeiro passo é saber quais são os objetivos, que vão desde o desejo de crescimento acelerado até a expansão da atuação. Determinando-se a estratégia, é preciso encontrar o parceiro certo, o que deve levar em consideração a forma de gestão, cultura, cartela de clientes e outros fatores.
Para se ter a segurança de que a negociação está sendo feita sob um valor justo, é fundamental realizar o valuation das empresas em questão, pois essa avaliação permite estimar o valor de uma empresa a partir da análise financeira (histórico e situação presente) e das perspectivas de crescimento do negócio. Após a análise dos termos negociados, é feita a preparação da documentação e da due diligence, em que se investiga a real situação da empresa e se analisa os possíveis riscos da operação societária. Estando tudo certo, é hora de fechar o negócio e transferir ações e recursos.
→ Dica extra: não deixe a área de Recursos Humanos de lado. Durante as fusões e aquisições, pode surgir insegurança e tensão nos colaboradores. É preciso adotar uma conduta transparente, que promova a união entre as empresas.
Cenário de fusões e aquisições no Brasil
Em 2018, o número de fusões e aquisições cresceu 28% no país, o que totalizou R$ 177,2 bilhões contra R$ 138,4 bilhões em 2017. Além disso, as operações foram lideradas por brasileiros. A demanda tem crescido, principalmente em setores como tecnologia e energia. As previsões da IDC Predictions Brazil sinalizavam um aumento de transações de fusão e aquisição também no setor de telecomunicações. O estudo apontava que pequenos prestadores de serviços dessa área focariam no público B2B e na implantação de fibra ótica na infraestrutura. Com isso, a previsão é de que o investimento nessa mudança seja mais viável com a união societária. Outros setores que podem crescer por meio de fusões e aquisições são o de consumo, saúde e educação.