Independentemente do segmento da empresa, os gestores devem estar cientes dos possíveis riscos que caracterizam qualquer negócio. Os riscos são ainda mais presentes em contextos de instabilidade política e econômica, que trazem insegurança a todos os empreendedores.
O que fazer em meio a tantas mudanças? Mais do que nunca, você deve gerenciar os riscos. A análise focada na prevenção deve ser prioridade nas empresas: quando bem executada, garante o preparo necessário para lidar com situações inesperadas. Todo mercado está sujeito a oscilações. O capital é volúvel. O risco se define como o conjunto de probabilidades de diversos eventos ou alterações imprevisíveis, capazes de afetar seu negócio. Representam, na realidade, as incertezas da economia. Eliminar qualquer risco é parar de arriscar, o que leva o negócio até a estagnação, então deixe essa estratégia de lado.
O que você pode fazer é conhecer os principais riscos aos quais as empresas estão sujeitas. Para isso, elaboramos uma lista:
1. Sazonalidade: as demandas de um produto ou serviço podem variar conforme a época do ano. Se você vende sorvete, por exemplo, haverá provável queda no inverno. O gestor precisa bolar alternativas que ajudam a reverter o cenário de baixa demanda.
2. Economia oscilando: sua empresa está inserida no mercado. Por isso, as mudanças são sempre um risco. Alterações no dólar podem ou não ser favoráveis, afetando diretamente os preços do mercado. Em caso de recessão, possivelmente todos os negócios sofrerão as consequências. Porém, há fatores que tornam investimentos mais rentáveis, como fundos imobiliários, principalmente em períodos de redução da taxa Selic.
3. Controle governamental: alguns setores são submetidos a ações mais severas do governo, em que as regras podem subitamente mudar. Nestes casos, é necessário um capital de investimento maior para resistir a mudanças.
4. Monopólios: alguns setores da economia são completamente dominados por empresas específicas. Os riscos surgem quando esses monopólios agem de forma diferente, que repercute em todo o mercado.
5. Setores em estagnação ou retração: nesse caso, a procura por produtos é menor do que a oferta. Os riscos decorrem do prejuízo que você pode ter. O setor imobiliário, em momentos de crise econômica, exemplifica a relação desequilibrada entre oferta e demanda.
6. Obstáculos no desenvolvimento de empresas: as barreiras para o desenvolvimento e entrada de empresas exigem alto conhecimento técnico sobre o que é necessário para instalar o seu negócio. Investir em projetos exige a análise criteriosa dos possíveis benefícios, antes de se realizar qualquer ação. A melhor forma de agir é verificar todas as incertezas de acordo com o orçamento de capital de cada investimento.
Agora que você já sabe os principais riscos, temos algumas dicas na hora de gerenciar, confira!
Identificação: primeiro passo para saber os riscos do seu negócio. Existem ferramentas e técnicas que ajudam nesse processo, como a análise SWOT e o diagrama de causa e efeito. Reuniões estratégicas com a equipe também são fundamentais.
Análise quantitativa: avaliação qualitativa dos riscos, analisando quais são mais prováveis de ocorrer. Tenha em mente os possíveis impactos de cada situação e se pergunte: qual o potencial de perda ou ganho do risco?
Criar planos de ação: pense em como se aproveitar dos riscos positivos e como solucionar estrategicamente os negativos. Esteja sempre em sintonia e alinhado com a equipe.
Monitoramento e controle: monitore os resultados das ações estratégicas elaboradas. Controle os efeitos negativos através de planos corretivos e analisando a eficiência das medidas. Se houver alguma falha no caminho, você terá tempo para reverter a situação.
A lição é manter os riscos sempre em mente. Realive o que for necessário, acompanhe resultados e aposte na estratégia para superar adversidades. O que traz prejuízo e oportunidade ao seu negócio? É hora de questionar.