Planejamento sucessório para dar fim a burocracias

Você sabe o que é o holding familiar? Essa figura surgiu nos escritórios para melhor dividir o patrimônio pessoal, evitando despesas com inventários e a alta carga tributária. O planejamento sucessório é esse processo de proteção ao patrimônio, garantindo a sucessão dos herdeiros.

 

Para que haja essa etapa, a empresa deve abrir na forma de holding familiar, em que é possível colocar todos os bens da família. Aliado a esse procedimento, doam-se as quotas aos herdeiros com reserva de usufruto ao patriarca, concluindo-se a sucessão. O doador é quem possui o patrimônio em seu nome e fará a transferência, tendo a posse dos bens e a gestão plena do negócio. Enquanto estiver vivo, possui total usufruto. Em caso de morte, o atestado de óbito será levado ao órgão competente, prosseguindo a alteração contratual. Os herdeiros recebem cotas ou ações da empresa, passando a ter direito aos bens e até mesmo a vendê-los para ter acesso a sua parte em dinheiro. A sucessão é feita automaticamente, sem necessidade de passar por inventário. 

 

A holding pode ser empregada em ativos financeiros (dinheiro e aplicações financeiras), bens imobiliários e participações societárias, protegendo os bens caso haja conflitos familiares, já que a partilha é feita em vida pelo doador. Antes do falecimento, cada um já sabe com que parte ficará. O processo de inventário leva de três a cinco anos até ser finalizado; o planejamento sucessório, por sua vez, costuma levar até quatro meses para ficar pronto. É necessário desburocratizar o processo de sucessão que, além de oneroso, pode gerar conflitos.