Muitas pessoas desconhecem o real valor do seu negócio. Determinar isso pode ser mais difícil do que parece, mas existe um método que ajuda na tarefa: é o Valuation.
Há várias técnicas de Valuation para calcular o real valor da sua empresa: escolher o ideal é fundamental. A decisão de qual metodologia adotar requer conhecimento técnico e estratégico, além do conhecimento acerca do setor e das condições organizacionais. Por isso, faz toda a diferença ter uma boa percepção de mercado e da projeção de crescimento nos próximos anos. Saber o valor real é fundamental para avaliar com eficiência determinadas propostas, seja atraindo investidores ou analisando possibilidades de compra e venda. Assim, há mais facilidade na elaboração de estratégias.
Durante a construção do Valuation, realiza-se uma análise financeira completa, permitindo que sejam encontradas as falhas. Outra grande vantagem é a compreensão do comportamento da empresa e de seus concorrentes, verificando-se diferentes cenários e os riscos do investimento. O Valuation contribui, também, para alinhar as expectativas de valor: é comum que o dono tenha uma ideia errônea e até mesmo exagerada. Entre os diversos métodos, escolhemos três que são amplamente utilizados, confira a seguir!
1. Fluxo de Caixa Descontado (FCD)
Com a avaliação por FCD, podemos determinar a capacidade de a empresa gerar riquezas no futuro, a partir de uma taxa de desconto chamada WACC (Weighted Average Cost of Capital), que evidencia o custo de capital, levando-se em consideração os investimentos feitos nos ativos operacionais, seu custo de capital e riscos do empreendimento.
Essa projeção costuma analisar o período dos próximos 5 anos, podendo ser projetada por mais tempo conforme for o nível de previsibilidade da receita. Essa técnica não é recomendada às startups, já que esse tipo de empresa não contempla dados históricos que tenham tempo suficiente para criar uma projeção confiável.
Ideal para empresas com fluxo de caixa positivo e que já têm maturidade no mercado. A grande desvantagem está no número de variáveis levadas em conta: algumas podem ter elevado nível de subjetividade.
2. Múltiplos de mercado
Para calcular o valor de uma empresa com essa metodologia, é necessário comparar o desempenho econômico-financeiro de empresas com características semelhantes no mercado, como o porte e setor de atuação. Em geral, esse método é aplicado quando se necessita de uma análise rápida e de fácil interpretação. Esteja atento a dois aspectos: os valores devem seguir o mesmo padrão (por exemplo, não faria sentido comparar um Iphone 11 com um Galaxy A7) e tenha em mente que não há empresas idênticas.
Ideal para empresas com elevada concentração de clientes ou em mercados de baixa concorrência. O método tem a desvantagem de não pontuar os diferenciais competitivos, estilos de gestão e capacidade de escala das empresas avaliadas.
3. Valor patrimonial
A base de avaliação é o patrimônio líquido. Para chegar ao valor correto, é necessário somar todas as contas dos ativos circulantes e não circulantes. Depois, subtrair as dívidas e outras obrigações encontradas no passivo circulante e não circulante da empresa.
Ideal para empresas com baixa utilização da capacidade produtiva, pertencentes a mercados estagnados e sem perspectiva de melhora no médio e longo prazo. A grande desvantagem é o fato de não considerar a capacidade de crescimento da organização, bem como a aquisição de novos contratos e clientes.