Entenda o que é o balanço patrimonial, peça-chave no crescimento das empresas

A correta gestão financeira é o alicerce para que uma empresa tenha sucesso. É fundamental, por isso, dominar alguns conceitos importantes de contabilidade, como o balanço patrimonial da empresa. Saber utilizar as informações adquiridas a partir desse demonstrativo é ainda mais indispensável. 

É possível produzir um raio X da saúde financeira da empresa com base no cálculo do patrimônio ativo, passivo ou em situação líquida. Esse fator auxilia na avaliação de aspectos fundamentais, tais como a liquidez ou endividamento do negócio. Ao entrar no assunto do patrimônio de um negócio, se fala nas obrigações, nos direitos e nos bens do mesmo. Fatores ligados aos valores, como a reputação de uma marca, apesar de serem importantes, não entram na conta do patrimônio. Ao falar de patrimônio, o assunto em questão é o dinheiro e tudo que tem valor econômico que possa gerar lucro.

Em primeiro lugar, há os bens da empresa, ou seja, tudo aquilo que ela possui. Há vários tipos de bens e é necessário dar foco nesse detalhe:

1 – Bens numerários: a totalidade dos bens do negócio.  O dinheiro no caixa ou em bancos são exemplos de bens numerários.

2 – Bens de renda: os bens adquiridos pelo negócio para gerar renda. Exemplos são imóveis para aluguel e participações permanentes em sociedades.

3 – Bens de venda: aqueles bens destinados à venda, como produtos em estoque.

4 – Bens de consumo: os não duráveis. Utilizados no processo de produção. Ao final, geram despesas para a empresa. Como exemplos, há o combustível, os produtos de limpeza e os materiais do escritório.

5 – Bens intangíveis: são os sem forma física, mas que compõem a participação social na empresa. Seus exemplos seriam direitos autorais, benfeitorias em prédios de terceiros, patentes e marcas.

6 – Bens fixos/Bens de capital: os que possuem uma durabilidade superior a um ano e fazem parte da rotina de operações da empresa, como imóveis, veículos e maquinários.

Também existem os ativos que não possuem posse do negócio, mas pertencem a ele. Pode-se fazer uma venda a prazo para ilustrar tal cenário: com a venda já realizada, o valor total pertence à empresa. Porém, o dinheiro ainda não está com a mesma e por isso não pode ser classificado como um bem em si, mas sim como um direito.

Obrigações são bens de terceiros utilizados pelo negócio. A lógica do direito se aplica nas obrigações – ao pegar um empréstimo bancário ou fazer uma compra de fornecedor à prazo, não se é proprietário desse valor. Se pode usar o mesmo para gerar lucro ao negócio, mas se deve devolver esse valor posteriormente. Por isso, é essencial ficar atento a esse detalhe ao fazer o balanço financeiro.

Em um demonstrativo, chamado de Balanço Patrimonial, são divulgadas as informações referentes ao patrimônio. Esse demonstrativo é, normalmente, feito uma vez ao ano. Ele mostra tudo que a empresa possui, o quanto ela deve a terceiros e a quantidade de capital investido nela. Após isso, passa a ser possível fazer um diagnóstico da saúde financeira do negócio.

A equação usada para entender esse balanço patrimonial é a seguinte: Bens + Direitos (ativos) – Obrigações (passivos) = Patrimônio Líquido

Esse patrimônio líquido seria relativo a valores que acionistas e sócios possuem na empresa em um determinado momento. No Brasil, é dividido em ajustes de avaliação patrimonial, reservas de capital, ações em tesouraria, reserva de lucros, capital social e prejuízos acumulados.

 

É preciso lembrar que o patrimônio e o balanço patrimonial da empresa indicam o valor contábil dela, e não a quanto ela vale. São informações importantes para o acompanhamento do desempenho da mesma. O valor da empresa é uma coisa diferente. Valuation, como é chamado, é um cálculo que auxilia na chegada de um valor de mercado de um determinado negócio. Tal cálculo é baseado em informações como o balanço patrimonial, o custo de capital e o fluxo de caixa.