Sabemos que a globalização diminuiu as fronteiras no mundo dos negócios, permitindo que o capital se movimente com muito mais fluidez de um lugar para outro. Nesse sentido, ela favoreceu diretamente o Investimento Estrangeiro Direto (IED). Mas você sabe como ele funciona?
Esse é um número muito importante para a economia do país e, no limite, para todos nós. Quando o IED sobe, é um sinal de que os investidores estrangeiros estão confiantes no país e no nosso ambiente de negócios. Na outra ponta, se ele cai é como um alerta para procurarmos as causas.
Então, quer entender melhor esse conceito? Acompanhe a leitura para entender, exatamente, o que significa IED e quais benefícios ele gera!
O que é Investimento Estrangeiro Direto?
Em termos gerais, o IED ocorre quando uma empresa ou indivíduo cria ou adquire operações em outro país. Na prática, isso engloba:
a compra de alguma instituição ou empresa, parcial ou totalmente;
a abertura de filial em outro país;
a construção de novas instalações;
a união de empresas de países distintos;
a aplicação dos lucros obtidos em operações no exterior;
a realização de empréstimos entre empresas do mesmo setor.
Para exemplificar: se uma empresa alemã comprar uma companhia brasileira, isso é considerado um Investimento Estrangeiro Direto.
O IED é especialmente importante para as startups, que têm como principal diferencial a inovação e o uso intensivo da tecnologia. Para elas, atrair um investidor estrangeiro disposto a colocar dinheiro no negócio significa estar um passo mais perto de ver a sua ideia se desenvolver e vingar.
Aqui, contudo, vale uma observação importante: é preciso diferenciar o IED do conceito de poupança externa. Enquanto o IED é um investimento em empresas, a poupança externa diz respeito a valores aplicados no país propriamente dito.
Quais benefícios o IED gera?
Você já deve ter visto como os municípios disputam quando uma empresa estrangeira anuncia que vai abrir uma unidade no Brasil, não é? Isso ocorre porque um investimento dessa natureza traz muitos benefícios para a cidade e para o país em, pelo menos, três dimensões:
na economia do local em que o investimento é feito;
no desenvolvimento do ambiente empresarial do país;
no desenvolvimento econômico do país, como um todo.
Assim, além de abrir postos de trabalho (e novos empregos são sempre bem-vindos), uma empresa de fora traz consigo conhecimento, know how e tecnologia — quem ficam no país. Afinal, os funcionários locais aprendem as novas técnicas e, com o tempo, as disseminam por outras empresas.
Ainda do ponto de vista das empresas, esse tipo de investimento facilita o acesso a financiamento externo, ajuda a melhorar a produtividade e a nivelar a economia doméstica com as melhores práticas internacionais.
Já para o país, como um todo, o IED melhora o balanço de pagamentos (diferença entre o dinheiro que entra e o que sai), aumenta a arrecadação de impostos, promove o desenvolvimento da infraestrutura do país e aquece a economia doméstica. Ou seja, os ganhos são tanto locais quanto nacionais.
Enfim, agora você já entende o que é Investimento Estrangeiro Direto e como os seus benefícios se desdobram de diferentes formas para os indivíduos (geração de emprego), para as empresas e para o país!
Fonte: Focalise