Quando a economia vai bem, é mais difícil encontrar empresas que queiram ou precisem recorrer à recuperação extrajudicial. Mas como o país vem em crise há bastante tempo, os efeitos vão surgindo progressivamente, ainda que a economia possa estar começando a mostrar sinais de melhora.
A recuperação extrajudicial foi estabelecida em 2005, a partir da criação da Lei de Falências. Mas a recuperação judicial sempre superou a modalidade extrajudicial. Normalmente, empresas de médio porte e com gestão familiar eram as que mais recorriam à recuperação extrajudicial.
Mas as grandes corporações, lentamente, têm passado a buscar mais esta possibilidade, por poder negociar apenas com alguns credores. Além disso, a recuperação judicial tem custos mais altos e a empresa acaba enfrentando restrição de crédito.
Mas especialistas lembram que o momento de decidir que tipo de recuperação adotar é vital. A demora não favorece a recuperação extrajudicial. Quando os gestores demoram muito a tomar a decisão, na maioria das vezes, já não tem como optar pela renegociação extrajudicial.
Vale destacar, também, que, se a empresa tiver passivo trabalhista, a recuperação extrajudicial fica prejudicada ou inviabilizada.