A Oi possui uma dívida de total de R$ 64 bilhões junto a 55 mil credores, entre pessoas físicas e jurídicas. Em dezembro passado, seu plano de recuperação judicial foi aprovado pela justiça, mas a empresa segue enfrentando problemas. Há poucos dias, foi realizada uma assembleia extraordinária de acionistas, cujas decisões foram suspensas judicialmente.
A reunião foi extraordinária e um dos assuntos tratados foi o de abrir processo de responsabilização contra o presidente da Oi, Eurico Teles, e o diretor financeiro e de relações com investidores, Carlos Augusto Brandão, e a de destituir os executivos do cargo. O entendimento da justiça para suspender essa decisão foi por considerar que “eventual alteração do plano de recuperação não poderia ser realizado extrajudicialmente”.
Para a Associação dos Investidores Minoritários do Brasil (Aidmin), que representa parte dos acionistas da Oi, a assembleia não tratou de questões ligadas ao plano de recuperação judicial, mas apenas de medidas a serem adotadas diante de condutas atribuídas ao presidente da Oi e ao diretor financeiro, classificadas de “ilegais e fraudulentas” pela Aidmin, que informou por nota à imprensa que irá recorrer da decisão.
Segundo a nota, o presidente da Oi e o diretor executivo desviaram R$ 51 milhões do caixa da Oi para pagamento de bonificação aos executivos, sem que a diretoria tomasse soubesse. Para a Aidmin, eles “utilizaram-se de ardis e da sua posição para ocultar de todos os desvios de recursos, mesmo após as conclusões da auditoria interna, fazendo crer que o roubo de recursos é uma constante na administração da Companhia”.