A falta de gestão de risco pode levar à falência

O título parece dramático, mas não é. Muitas empresas que não medem riscos podem entrar em crise e não sair mais. Existe uma máxima do mercado que diz: risco não medido é risco não controlado. Se a empresa não sabe com o que está lidando, não tem como detectar o problema antes que ele cresça.

Não fazer gestão de risco pode ter várias consequências como: gerar custo financeiro, afetar o caixa, encarecer a operação, prejudicar a eficiência e reduzir as margens. A empresa pode entrar numa espiral tão séria que poderá culminar em falência.

Quando uma empresa possui auditoria interna, o foco costuma ser nos riscos operacionais e de controle interno de processos. Existem empresas que adotam os comitês de gestão de riscos corporativos, cujos custos são elevados e sua eficácia questionável.

Os riscos aos quais uma empresa está sujeita são inúmeros. Mas os principais são:

  • Instabilidade política no país
  • Taxa de juros
  • Mudança da política de tributação
  • Volatilidade do câmbio
  • Aumento da competitividade de concorrentes
  • Mudanças regulatórias
  • Alta no preço dos insumos
  • Falha na implantação de novas tecnologias
  • Mudanças na legislação trabalhista, entre outros

Por isso, é importante que o Conselho de Administração da empresa tenha cuidado redobrado com a gestão de riscos e estruture uma área para cuidar especificamente disso, com atenção especial em três focos: risco de mercado, risco de crédito e risco operacional.

Após o abalo sofrido pelo sistema financeiro nos Estados Unidos, o país aperfeiçoou o controle, criando um “teste de estresse” para saber se as instituições possuem capital para enfrentar crises. Se detectados riscos, as empresas são obrigadas a adotar medidas como emissão de ações ou tomada de empréstimos, entre outras, com um custo do dinheiro bem mais baixo do que em momentos de crise.

No Brasil, a gestão de riscos ainda precisa evoluir e se disseminar dentre as empresas.