Poupança é investimento de baixa rentabilidade, entenda

Praticamente todo mundo tem dinheiro guardado na Caderneta de Poupança - estima-se que 85% dos brasileiros investem nessa categoria. A má notícia é que, há bastante tempo, essa opção de investimento está ultrapassada, apresentando baixo rendimento, principalmente quando comparada à inflação. Desde 2008, a poupança obteve rentabilidade de 76,23% contra uma inflação de 65,19%, segundo o IPCA (Índice Nacional de Preços ao Consumidor Amplo). 

Assim,o ganho real é de somente 6,44% entre o período de 2008 a 2018, ou seja, o poder de compra aumentou pouco e ficou retido nas mãos dos banqueiros. Para muitos, isso ainda não é um argumento forte o suficiente para impedir investimentos na poupança, já que esse meio é visto como extremamente seguro. Porém, a ideia de que poupança é sinônimo de segurança está equivocada. Os Títulos Públicos Federais, assegurados pelo Tesouro Nacional, são mais seguros do que a modalidade, pois a poupança sofre risco de crédito. Se o banco quebrar, o investidor fica em risco. Além disso, esse tipo de investimento é garantido pelo Fundo Garantidor de Crédito (FGC), que protege até R$ 250 mil por CPF, com limite global de R$ 1 milhão. 

Isso significa que, caso o banco entre em falência, o investidor receberia os recursos investidos até o limite de R$ 250 mil para cada instituição em que possui poupança. Portanto, é um investimento tão seguro quanto outros, como o CDB e LCI/LCA, também regidos pelo FGC. A maior vantagem da poupança, na verdade, é a liquidez imediata. O investidor pode sacar seus recursos quando quiser. Apesar desse benefício, a rentabilidade é muito inferior à de outros ativos que possuem a mesma segurança.